O VELHO


"Cuidado ao invadir propriedades particulares, principalmente de alguém que está no além.
As consequências podem ser desastrosas!"


O Relato a seguir mostra uma dessas situações!

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Chamo-me Gustavo e tenho 18 anos, o que vou contar aqui se passou quando eu tinha por volta de 12 anos.

Eu morava em uma cidade bem pequena de São Paulo chamada Mirassol. Lá haviam algumas casas abandonadas.
Como eu era o menor da turma sempre me colocavam para fazer as coisas erradas, sendo que certa vez um de meus amigos que se chamava Cleber deu a idéia de entrarmos em uma dessas tais casas abandonadas, e eu como sempre gostei de aventuras resolvi topar a idéia de entrar na tal casa.
A historia dessa casa era mesmo de arrepiar.
Diziam que quem morava lá era um senhor muito mal humorado que vivia brigando com as crianças, eu não era dessa época.
Ele morreu por volta de 2000 e eu me mudei pra lá no ano seguinte, e ninguém nunca descobriu a causa da morte do senhor Matheus (era como o velho se chamava).

Nunca me esquecerei desse dia.
Era uma tarde quase noite já, estava um pouco frio e ameaçava chover, o que não era muito preocupante por lá, pois a cidade era bem quente.
Eu, Cleber e mais um amigo nosso que se chamava André estávamos prontos para entrar na casa.
Para chegar ate lá tínhamos de atravessar uma mata, e como não era muito longe, logo chegamos até a tal casa.
O André só tinha tamanho, porque antes mesmo de acontecer alguma coisa ele já estava pedindo para voltar pra casa.
Confesso que eu estava com um pouco de medo e fiquei com mais medo ainda depois do que vi.
Quando estávamos nos aproximando da porta de entrada da casa olhei para a janela do segundo andar e o que vi não foi nada agradável.

Era a figura de um homem nos olhando fixamente com um olhar frio e de arrepiar.
Como sabia que não iriam acreditar em mim resolvi ficar na minha e não falei nada aos dois, o que foi errado de minha parte.
Chegamos até a porta e tentamos abri-la, mas ela estava fechada (o que poderia ser um sinal para sairmos dali correndo), mas a nossa curiosidade foi maior do que qualquer outra coisa e vimos uma das janelas entreaberta, e a forçamos um pouco, mas como a casa estava fechada a muito tempo as janelas estavam um pouco enferrujadas e duras para abrir.
Finalmente conseguimos abrir um espaço em que nós três passássemos, então pulamos a janela e entramos na casa.
O Cleber havia levado algumas lanternas que ele pegou emprestadas com o primo dele.
Logo acendemos as lanternas e fomos a procura de alguma coisa que nos interessasse.

O André estava com muito medo, o Cleber nem tanto e eu já estava começado a achar que não tinha sido uma boa idéia a gente ter ido até essa casa, e eu estava certo.
Em um determinado momento um forte barulho de coisas caindo veio do andar de cima e nós três tomamos um baita susto.
Ficamos paralisados quando olhamos para a escada que dava acesso ao segundo andar, e havia um homem de aparência velha e muito branca que parecia estar congelado.
Nessa hora senti mais frio do que o normal, e o homem logo começou a descer as escadas em nossa direção e cada vez que descia um degrau aumentava a velocidade de seus passos.
Eu não pensei duas vezes e corri para uma porta que havia a mais ou menos uns 5 metros de onde estávamos, e em seguida vieram os dois apavorados atrás de mim gritando feito loucos.

Fechamos a porta rapidamente achando que estávamos seguros, mas quando nos viramos ali estava a criatura nos olhando fixamente de novo. Entrei em choque.
A criatura começou a gritar para a gente sair dali imediatamente.
Nós não pensamos em mais nada a não ser correr em direção a janela em que entramos.
Eu fui o primeiro a sair, me joguei pra fora e corri esquecendo dos outros.

Quando cheguei em casa, minha mãe estava desesperada me procurando pela vizinhança.
Também pudera, já era tarde da noite, e ela me deu uma baita bronca e obviamente não acreditou no que tinha acontecido nas horas que fiquei fora de casa.
Mais sei bem o que eu vi e o que eu passei naquela terrível noite.





Gustavo
São Paulo - SP - Brasil
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